quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Cuidado! Vinhos Argentinos Contaminados com Fungicida!


Vinhos Argentinos Contaminados com Fungicida

O fungicida natamicina foi encontrado nos vinhos Fuzion, Santa Julia, em seis outros vinhos argentinos e dois da África do Sul, na Alemanha. 120 mil garrafas de vinho argentino foram retiradas do mercado alemão. Todos os vinhos argentinos destinados à Europa estão bloqueados nas alfândegas. Metade dos vinhos argentinos coletados para análise apresentou a presença do pesticida, que é utilizado para a limpeza das adegas na Argentina, o que permitiu a contaminação mesmo em vinhos orgânicos. Em outubro e novembro foi constatada a presença da substância ilícita, o que gerou o bloqueio.


A lista (veja abaixo) mostra que a contaminação ocorre em diversas regiões atingindo os da Família Zuccardi de Mendoza, mas também da distante Patagônia. A questão já vinha sendo acompanhada por Wines of Argentina que contratou o laboratório bordeles Excell para identificar os focos desta poluição. Segundo o especialista francês Pascal Chantonnet, do Excell, "a natamicina pode ter sua origem na utilização de produtos para desinfetar as adegas, garrafas ou mesmo rolhas, é por isto que o encontramos mesmo em vinhos orgânicos", confirma. Suzana Balbo, enóloga e presidente da Wines of Argentina, pediu aos produtores que cessem imediatamente de utilizar o detergente NAT 3000, que contém o fungicida, na limpeza de barris e mangueiras, disse ao Los Angeles on line. Segundo Guillermo García do Instituto Nacional da Vitivinicultura Argentina, os resíduos encontrados “não representam nenhum perigo para a saúde”.


Natamicina ou paramicina é um antibiótico fungicida, utilizado para eliminar fungos e leveduras. A Organização Internacional do Vinho e da Vinha, OIV, não autoriza seu uso, mas a legislação da Argentina permite seu emprego na limpeza da adega e seu material. A piramicina é permitida na indústria alimentar, como em certos queijos e frios sob o nome de conservante E235. A natamicina também é ministrada enquanto medicamento para o homem e vendida em farmácias. Em fortes doses pode provocar náuseas e diarréia.

Lista dos vinhos retirados do mercado alemão:

Argentina:

Santa Julia, 2008, Mendoza, Cabernet Sauvignon, número de lote L09-184-09
Fuzion 2008, Mendoza, Tempranillo, Malbec, número de lote L09-198-21
Santa Andrea, 2008, Mendoza, Malbec, Cabernet Sauvignon, número de lote L-56659
Villa Paola, 2008, San Rafael, número de lote 01/2009.
Villa Atuel, 2008 San Rafael, Syrah, Merlot, número de lote L-WT1377
Légende de Polo, 2007, Mendoza, Malbec, número de lote L 76605
Terra Nova, 2008, Mendoza, Malbec, número de lote L: 90.0789
Maranon, 2009, Malbec, Mendoza, número de lote L9289-0D72
Cruz, d'Indio, 2007, Belle Malbec Añelo, Neuquen - Patagônia, Lote número L-9168
Cruz, d'Indio, 2007 Malbec Añelo Neuquen - Patagônia, lote número L-9139

África do Sul:


W.O. Constantia, 2009, Syrah Rosé, número de lote L14336-2
WO Constantia 2009, Blanc de Noir, L14335 número de lote-4


fonte: http://www.jblog.com.br/conexaofrancesa.php

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Changyu - o vinho chinês!

Você sabia que a China produz vinhos finos?
Eu sabia, mas nunca imaginei que fosse provar um...

Pois bem, no dia 03/02 eu e o Cristiano do blog Vivendo Vinhos fomos convidados pelo nosso amigo Tiago da loja Rosso Bianco para provarmos uma garrafa exclusivíssima de um vinho chinês.

Ao chegarmos na loja, começamos o habitual bate papo antes de iniciarmos os “trabalhos”. Havia muita expectativa no ar, pois provar um vinho chinês seria uma grande novidade para nós e não sabíamos nem ao menos o que esperar desse vinho.

Iniciamos a degustação com um espumante apurar o paladar.

O Vinho: Piera Martellozzo Espumante Bianco Incontri

Na taça apresentou uma bonita cor palha claro com perlage fina e persistente.

No nariz, logo de cara apareceram aromas de fermento, seguidos de maçã verde e pêra, com um toque cítrico.

Na boca era cremoso, com uma acidez correta, com uma boa persistência e um retrogosto frutado, com destaque para o melão.
Apesar de ser um Extra Dry, tinha um paladar levemente adocicado.
Um vinho macio e equilibrado. Delicioso.

Após terminarmos o espumente, eis que o Tiago nos apresenta o tão aguardado vinho chinês.

Como o rótulo era 90% escrito em kanji, conseguimos extrair poucas informações sobre a garrafa.
Algumas informações adicionais e a foto da garrafa foram obtidas diretamente no site do produtor, que também informava que a empresa Changyu existe desde 1892 e a produção de vinhos é realizada em parceria com o Chateau Castel, da França.


























O Vinho: Changyu

Safra: Ao contrário da foto que pegue no site deles, nossa garrafa não marcava nenhuma data de safra, ou se marcava estava em kanji.

Uvas: No contra rótulo conseguimos identificar somente a Cabernet Gernischt, mas no site do produtor consta que é um assemblage de Cabernet Gernischt com Cabernet Sauvignon.

Comentários:

Na taça tinha uma cor vermelho bem translúcido.

No nariz foi uma sensação diferente, com um leque aromático interessante e com boa potência, onde destacamos o cravo, especiarias, caramelo e curiosamente pouquíssima fruta e um forte aroma herbáceo que dava até um certo frescor ao vinho.

No primeiro gole tudo mudou.
Um corpo levíssimo com bons taninos e uma acidez correta mas com a baixíssima persistência e pouca complexidade de sabores acabou ficando um vinho muito ligeiro, que “desaparece” na boca.
Destacamos somente alguns sabores de frutas vermelhas como groselha e framboesa, nada mais que isso.

O comentário que mais conseguiu definir esse vinho foi que parecia que estávamos sentido os aromas de um vinho e bebendo outro vinho completamente diferente, de forma que os dois não harmonizavam para formar um bom conjunto.

Mas como sempre, valeu muito pela nova experiência, rever os amigos, o bate papo e pelo espumante que estava delicioso.

Agora, pelo que constatamos no Changyu a conclusão que chegamos unanimemente é que a China ainda tem muito para aprender na arte de fabricar vinhos finos.